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comentários de Carlos Augusto Peixoto Junior
Fundador de um campo
epistêmico ímpar, Sigmund Freud inscreve sua invenção, que compõe uma forma inédita
de tratar o humano e o mundo, do ponto de vista teórico, metodológico e ético:
a Psicanálise. Seus interlocutores e sucessores na empreitada contribuíram com
a sustentação e o avanço da invenção freudiana, cada um trazendo sua própria
cota de criação. De fato, esta é uma particularidade interna à Psicanálise, a
de exigir que todo aquele que se inscreva e se arrisque à articulá-la seja
convocado à trazer um traço de autoria e de invenção. A Psicanálise é
necessariamente uma experiência viva, que se dá em ato de palavra falada e
nunca redutível a uma perspectiva teórica de enquadramento ou a um método de
aplicação adaptativa. Trata-se de uma experiência que se dá nas trilhas da
ética do desejo.
É neste contexto que proponho apresentar diferentes psicanalistas, que
trabalharam em diferentes momentos da história da psicanálise e que podem ser
considerados inventores da psicanálise, através da exibição de documentário
sobre o inventor colocado em destaque, seguida de discussão, em companhia de um
outro psicanalista convidado, visando sublinhar as marcas da invenção do
psicanalista apresentado. É com prazer que em 2021 apresentamos: Michael
Balint, Pierre Fédida, William Ronald Dodds Fairbairn e Jacques Lacan
sábado | 9h às 12h
| dia 16 de janeiro
Exibição e comentários
do documentário – Michael Balint
Michael Balint psicanalista e bioquímico húngaro, formou-se em medicina
em 1918, com uma brilhante carreira, qualificando-se em neuropsiquiatria,
filosofia, química, física e biologia. Analisou-se com Hanns Sachs.
Insatisfeito com essa análise, Balint vai terminá-la com Sándor Ferenczi e
torna-se seu aluno, amigo e sucessor. Lança as bases teóricas do que mais tarde
irá se constituir no terceiro grupo ou Grupo Independente (os outros dois são
os freudianos e os kleinianos). Foi presidente da Sociedade Psicanalítica
Britânica.
Torna-se consultor psiquiatra da Tavistock Clinic, de Londres (1950-1961),
trabalhando na supervisão de grupos clínicos e desenvolve uma prática médica de
treinamento conhecida como Grupo Balint. Neste, as experiências de todos eram
discutidas, com ênfase na relação médico-paciente. Os doutores eram estimulados
a examinar suas próprias emoções, desde o diagnóstico até a terapêutica e o
prognóstico, pois Balint entendia que todos os momentos dos atos médicos estão
impregnados de sentimentos, tanto úteis quanto prejudiciais ao doente.
Nascimento: 3 de dezembro de 1896, Budapeste, Hungria
Falecimento: 31 de dezembro de 1970, Londres, Reino Unido
Os inscritos
receberão os links para acesso na semana da atividade. Haverá opção de assistir
antecipadamente ao documentário, bem como acompanhar a transmissão ao vivo,
conforme grade abaixo:
9h |
transmissão ao vivo do documentário
10h30 às 12h |
discussão e comentários pelo ZOOM
Documentários:
Inventores da Psicanálise é uma atividade gratuita, dirigida ao
público em geral.
Informações e
inscrições*
11 3864 2330 | 11 3865 0017
*inscrições
antecipadas
Docentes
Carlos Augusto Peixoto Junior
concluiu o Mestrado em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1990 e o Doutorado em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 1997. Atualmente é Professor do Departamento de Psicologia e do Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Atua nas áreas de Psicologia e Psicanálise com ênfase na interação da teoria com a clínica do ponto de vista relacional-objetal.
Karin de Paula
psicólogo, psicanalista e mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP, com dissertação desenvolvida no âmbito do Laboratório de Psicopatologia Fundamental. Doutor pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clínica da PUC-SP. Docente do Curso de Formação em Psicanálise e Supervisor Clínico do CEP.