CEP - Centro de Estudos Psicanalíticos | Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por SD Tecnologia
comentários de Karin de Paula e Lara Alcadipani
Segundo a Escola de Comunicação
e Artes da USP, no final de 2011, o Brasil já possuía 309 mil assinantes de
plataformas de streaming, e no final de 2014, mais de 2,2 milhões de
brasileiros assinavam o serviço. Os dados publicados ainda não foram
publicados, mas podemos apostar que tal número pode ter duplicado, ou mesmo
triplicado em tempos de pandemia?
A Netflix, por exemplo, não possui processo de adaptação das séries ao perfil
do estúdio e não interfere nos conteúdos delas e disponibiliza todos os
episódios de uma só vez, deixando a cargo do telespectador como e quando
assistir.
Embora apenas uma pequena parte da população brasileira tenha acesso aos streamings,
observamos que a popularidade das séries prolifera em encontros de amigos,
almoços em família e mesmo nos perfis de redes sociais, o que é corroborado
pelo lugar que passaram a ocupar nas mídias tradicionais do Brasil.
Muitas matérias jornalísticas, não apenas na área de cultura, começaram a se
pautar em temas “Netflixianos” como forma de atrair o público. Pode-se observar
então a influência do discurso das séries e a força que ganhou com sua popularidade.
Confeccionadas com a qualidade equiparável a de obras cinematográficas, podem,
então, ser assistidas em qualquer lugar, basta um aparelho celular; em qualquer
ritmo de intervalos e revisões, concorrem com o espaço antes ocupado pelos
filmes, novelas e realities shows, de uma só vez. Passam a fazer
parte do cotidiano e a fomentar o laço social. Casais, amigos, encontram-se
para assistir a mesma série e, recentemente, a publicação do último episódio de
uma delas foi ao ar em data marcada internacionalmente, atingindo um índice de
visualizações exorbitante naquela data.
Este ano, escolhemos duas séries como pauta de nosso encontro em torno da
Psicanálise. Ambas, de excelente qualidade, exibem contextos e questões que
estabelecem a seara propícia para pensarmos sobre nós mesmos, nossos laços
entre os outros e o mundo ao redor. São elas: Years and Years,
exibida originalmente pela BBC de Londres em maio de 2019 e Unorthodox ,
série germano-americana que estreou na Netflix em março de 2020.
comentários da série – “Unorthodox”
sexta-feira | dia 24 de
setembro
horário | 19h às 21h
Unorthodox (no Brasil, Nada
Ortodoxa) é uma minissérie de televisão germano-americana que estreou na
Netflix em 26 de março de 2020. A série foi inspirada e é vagamente baseada no
livro Unorthodox: The Scandalous Rejection of My Hasidic Roots de
Deborah Feldman, que deixou o movimento Satmar, uma comunidade
hassídica na cidade de Nova York. Disponível no NETFLIX , para ser
assistido antes do evento.
Ano: 2020
Duração média de episódios: 53 min
Episódios: 4
Título Original: Unorthodox
Gênero: Drama
Direção: Anna Winger
Elenco: Shira Haas, Amit Rahav, Jeff Wilbusch
Nacionalidade: Alemanha
Canal original: Netflix
sinopse
Uma judia de 19 anos chamada Esty foge de seu casamento arranjado e da
comunidade ultraortodoxa em Williamsburg, Brooklyn. Ela se muda
para Berlim, onde mora sua mãe distante, e tenta navegar entre uma vida secular
e ter aulas em um conservatório de música. O marido, que descobre que estava
grávida, viaja para Berlim com o primo, por ordem do rabino, para tentar
encontrá-la.
dirigido
ao público em geral
preço
R$ 50,00
Docentes
Karin de Paula
psicólogo, psicanalista e mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP, com dissertação desenvolvida no âmbito do Laboratório de Psicopatologia Fundamental. Doutor pelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Clínica da PUC-SP. Docente do Curso de Formação em Psicanálise e Supervisor Clínico do CEP.
Lara Alcadipani
É jornalista de formação e atua com comunicação e relações institucionais no terceiro setor. Também é formada em Cinema Documentário pela Academia Internacional de Cinema e especializada em Estéticas Tecnológicas pela PUC-SP, aluna em Curso de Formação em Psicanálise.